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O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto, foi criado em 1986 pela Lei Federal 7.488, inaugurando a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva. Até hoje a data é lembrada com ações de conscientização e mobilização sobre os riscos à saúde causados pelo cigarro.
A nicotina é uma substância tóxica encontrada em determinadas plantas como as de tabaco. No mercado nacional e internacional há uma variedade de produtos que contêm a substância e que podem ser utilizados de diverdas formas: fumados/inalados, aspirados, mascados, entre outros. Independendo da forma, todos contêm nicotina que levam ao tabagismo, doença crônica, o que aumenta ainda mais os riscos à saúde.
Sabe-se que o fumo é, de longe, o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças como o câncer, principalmente o de pulmão. No Brasil, os números referentes à doença preocupam. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que 13% de todos os novos casos de câncer do País são de pulmão e, pelo menos 85% destes diagnósticos, estão associados ao consumo de derivados de tabaco. Quase 28 mil brasileiros morreram em decorrência da doença somente em 2017.
Os atendimentos ligados ao câncer de pulmão no Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, refletem o cenário nacional. O total de atendimentos sentiu um aumento de 35,64%. No primeiro semestre de 2019 foram 822 procedimentos realizados, entre consultas, tratamentos em Radioterapia ou Quimioterapia e cirurgias, contra 1.221 em todo o ano de 2018. A média mensal de atendimentos passou de 101 no ano anterior para 137 em 2019.
A detecção precoce e o tratamento adequado da doença possibilitam maior chance de cura. O diagnóstico é médico, mas é importante estar atento a alguns sintomas respiratórios recorrentes, como:
– Estados gripais de repetição;
– Pneumonias;
– Tosses persistentes;
– Dor torácica.
A qualquer suspeita da doença é fundamental procurar assistência médica. O tratamento do câncer de pulmão depende do tipo e estágio em que a doença se encontra, podendo ter o tratamento cirúrgico, com sessões em Radioterapia e Quimioterapia, ou modalidades combinadas.
Além do pulmão, o tabagismo também pode causar outros tipos de câncer, entre eles: de bexiga, de pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, nos rins, nas cordas vocais, na boca, pescoço e estômago. O Hospital Regional, do Governo do Estado de São Paulo, é referência em Oncologia para a Região Metropolitana do Vale do Paraíba.
Drª Glaucia Lolita dos Santos Oliveira – Médica Coordenadora do Serviço de Oncologia do Hospital Regional do Vale do Paraíba.